ATA DA QUARTA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 21-3-2002.

 


Aos vinte e um dias do mês de março do ano dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove horas e quatorze minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira, nos termos do Projeto de Lei do Legislativo nº 241/01 (Processo nº 3598/01), de autoria do Vereador Luiz Braz. Compuseram a MESA: o Vereador João Carlos Nedel, 3º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o Senhor Cézar Alvarez, representante do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira, homenageado, o Vereador Luiz Braz, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Luiz Braz, em nome das Bancadas do PFL, PPB, PTB, PSDB, PSB e PPS, congratulou o Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira pela homenagem recebida nesta solenidade, parabenizando Sua Senhoria pela atividade social realizada junto a entidades assistenciais de Porto Alegre. Também, discorreu sobre o papel desempenhado pelas atividades lúdicas na sociedade brasileira. O Vereador Nereu D'Avila, em nome da Bancada do PDT, teceu considerações acerca da trajetória pessoal e profissional do Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira, destacando a competência demonstrada por Sua Senhoria em suas atividades empresariais. Também, salientou a participação do Homenageado em trabalhos assistenciais e o apoio de Sua Senhoria a projetos culturais em Porto Alegre. O Vereador Adeli Sell, em nome da Bancada do PT, discursou acerca da contribuição do Homenageado em debates a respeito do desenvolvimento de atividades lúdicas, de lazer, de entretenimento e culturais em Porto Alegre, enfatizando a participação de Sua Senhoria na organização da Associação Gaúcha de Entidades Esportivas e Administradores de Bingo. O Vereador Fernando Záchia, em nome das Bancadas do PMDB e PC do B, saudou o Vereador Luiz Braz pela iniciativa de propor a presente homenagem ao Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira, pronunciando-se acerca da importância da destinação de verbas oriundas de recursos arrecadados pelo jogo de bingo na implementação de atividades desportivas no Estado. O Vereador Haroldo de Souza, em nome da Bancada do PHS, manifestou-se sobre os benefícios da moralização e da fiscalização do setor de atividades lúdicas para a sociedade brasileira, ressaltando os ideais de solidariedade e fraternidade demonstrados pelo Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira ao longo de sua trajetória pessoal e profissional. A seguir, o Senhor Presidente convidou o Vereador Luiz Braz e o Senhor Cézar Alvarez a procederem à entrega, respectivamente, do Diploma e da Medalha referentes ao Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou os alunos Everton Abreu Corrêa e Denis Lucian Parllano da Silva, da sétima série da Escola de 1º Grau Pão do Pobres, a prestarem homenagem ao Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira e procederem à entrega de lembrança da referida instituição ao Homenageado. A seguir, o Vereador João Carlos Nedel convidou o Vereador Nereu D'Avila a assumir a presidência dos trabalhos e, após, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Senhora Bettina Viersiel, Diretora do KINDER - Sociedade Assistencial de Reabilitação e Escolarização, que discorreu acerca das atividades prestadas pela entidade, agradecendo o auxílio financeiro e o apoio cultural prestado pelo Homenageado. Também, procedeu à entrega, ao Senhor Jaime Antônio Sirena Pereira, de obra de arte feita por aluno de oficina de artes mantida pela entidade. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Homenageado, que agradeceu o Título recebido. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense, informou que, após o término da presente Sessão, será realizado um coquetel de confraternização no “T Cultural Teresa Franco” do Palácio Aloísio Filho e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às vinte horas e dezoito minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores João Carlos Nedel e Nereu D'Avila e secretariados pelo Vereador Luiz Braz, como Secretário "ad hoc". Do que eu, Luiz Braz, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear o Sr. Jaime Antônio Sirena Pereira. Convidamos para compor a Mesa o Sr. Cézar Alvarez representando o Sr. Prefeito Municipal.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Executa-se o Hino Nacional.)

 

O Ver. Luiz Braz está com a palavra, como proponente da homenagem, e também pelas Bancadas do PPB, do PTB, do PSDB, do PFL, do PSB e do PPS.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu ia preparar um discurso todo ele por escrito, porque acho que nestas ocasiões solenes devemos fazer uso menos do improviso e se ater mais aos textos que produzimos nas folhas de papéis, mas vou ficar no meio a meio. Eu produzi alguma coisa aqui, depois eu ia terminar, mas chegaram algumas pessoas e comecei a conversar e acabei não terminando as idéias da forma de como eu gostaria. Mas eu tenho um início que acho que é interessante, porque ele é revelador do que eu penso a respeito do homenageado e também de pessoas que se parecem como o nosso homenageado. Eu escrevi assim, Jaime, em um início, sem revisão, sem nada, mas que diz assim: “O verdadeiro homem se revela quando executa as missões mais difíceis. Nos momentos comuns, no seu dia-a-dia, o homem age muito mais usando superficialidades, porque não é exigida a sua exteriorização. Ele não vai até o seu interior buscar as forças necessárias, porque o que está a sua frente não exige, para ele, tanta força, tanta energia para que ele possa enfrentar.

Quando as relações se dão no terreno comum, tudo e todos são absolutamente comuns.”

Eu conheci o Jaime Sirena num desses momentos especiais, não comuns, nas horas de revelação em que pode aparecer aí um grande herói, da definição ou não de um grande ser humano. Ele estava à frente de um empreendimento que já arruinou o moral de muitos, classificando essas pessoas que agem com esses empreendimentos, com jogos em geral, normalmente são classificados como pessoas até marginais. Ele era encarregado de uma casa de jogo, e ele estava com essa missão de fazer com que uma casa de jogo pudesse dar certo. E muito mais do que isso, que aquele setor todo pudesse ser, realmente, reconhecido pela sociedade como uma atividade lícita e lógica e que pudesse estar inserida nas atividades da nossa sociedade.

O incrível de tudo é que o Jaime Sirena, com toda sua personalidade, conseguiu dar dignidade ao jogo. E o fez provando que era possível conciliar aquela atividade, a qual ele era o empreendedor, o jogo, com as atitudes mais nobres que um ser humano pode ter dentro da sociedade

E, realmente, eu conheci o Jaime Sirena no momento em que o jogo, em geral, era tido pela sociedade como uma coisa não muito boa; as pessoas não encaravam muito bem aquelas pessoas que empreendiam esse tipo de atividade. E o Jaime - lá no Mega Bingo - provou que nada disso que as pessoas pensavam era verdadeiro e que uma casa de jogo, uma casa de bingo, um jogo eletrônico pode ter perfeitamente o seu local estabelecido dentro da sociedade. Pode estar entre as atividades mais lícitas, mais legais dentro da sociedade. É preciso apenas regrá-la. É preciso apenas colocar, como empresários dessas casas, pessoas como o Jaime, pessoas com dignidade; pessoas com personalidade, pessoas que queiram o bem-estar de toda a sociedade. Não os egoístas! Não aqueles que querem apenas fazer com que o seu capital possa crescer mais e mais sem se importar com o que está acontecendo com o resto. Não aqueles que não ligam para os outros dentro da sociedade e pensam apenas em si. Eu acho que esses empresários que são egoístas, quando estão à frente de uma casa de jogo, eles fazem mal para a sociedade.

Mas o Jaime começou a agir de uma forma que, realmente, encantou a todos. A primeira reação positiva que eu tive dessa atividade foi quando vi um caminhão de mercadorias sendo levadas para uma região mais pobre da Cidade e lá estava o Jaime, o Marcos e as pessoas que são ligadas ao Mega, fazendo com que aquelas pessoas pudessem receber um auxílio que nem sabiam de onde vinha, pois, para ele, pouco interessava que aquelas pessoas que estavam recebendo aquela doação ficassem sabendo que vinha de uma casa de jogo, porque aquelas pessoas não iam para lá jogar. Ele foi lá para doar, porque ele chegou à conclusão de que aquela atividade poderia render dividendos suficientes para atender aquelas pessoas mais pobres. E aí eu fui conhecendo-o mais.

Vi o que ele fez na Casa Santo Antônio dos Excepcionais. Eu vi que ele não queria parar só por ali, ele foi mais além, apesar de tantas e tantas pessoas o criticarem, Jaime, porque sempre que a gente procura a acertar, aparecem os nossos críticos. Os críticos estão aí exatamente para isso, são pessoas que não têm capacidade nenhuma de iniciativa, mas que ficam esperando que alguém faça alguma coisa para poderem criticar. Muitas pessoas disseram - eu vi muitas pessoas agindo assim -, que uma casa de jogo não é feita para isso, que uma casa de jogo não deve atender a esses objetivos, porque, afinal de contas, quem vai a uma casa de jogo vai lá para se divertir, para ganhar dinheiro, só isso e as coisas devem ficar resumidas a isso. Mas, aí nós voltamos lá para os anos 30, quando as pessoas mais poderosas envolvidas com o mundo do crime exploravam os jogo e outras atividades mais, apenas com o fito de enriquecimento ou, muitas vezes, para lavagem de dinheiro.

O Jaime deu dignidade para o jogo, nos anos 2000, 2002, final dos anos 1900 e ajudou o pessoal do Pão dos Pobres e a Kinder, através da Toninha Krob, que deve estar em algum lugar neste Plenário. Foram tantas as atividades que ele foi realizando, relacionando a sua casa de jogo com atividades benemerentes que hoje, se nós fizéssemos um plebiscito na Cidade, Secretário Cézar Alvarez, e perguntássemos se as pessoas mais pobres desta Cidade - aquelas que são atendidas por entidades assistenciais -, se elas gostariam de ver uma casa como a Mega Bingo deixando de exercer as suas atividades normais, eu tenho certeza absoluta de que essas pessoas que mais necessitam de ajuda, dentro da nossa sociedade, responderiam que não, que elas querem ver essa casa e essa atividade cada vez mais forte. Quem trouxe isso foi exatamente o Jaime Sirena. Ele, por isso mesmo, foi guindado ao cargo de Presidente das entidades que militam com jogo do bingo, porque essas entidades reconheceram que o Jaime era alguém capaz de ser o interlocutor dessas casas. Ele é uma pessoa respeitada por todos, não apenas em Porto Alegre, mas quando ele sai daqui, quando vai para outros locais, é uma pessoa que consegue ser respeitada pelo seu tipo de atividade e pelo seu modo de ser. Ele é um homem sério; um homem que tem objetivos bem claros e bem definidos, e fico contente que hoje, quando a cidade de Porto Alegre o homenageia, quando esta Cidade lhe dá este título, que eu reputo ser a homenagem mais importante que a Cidade pode prestar a um cidadão, que a sociedade porto-alegrense pode prestar a um cidadão, porque este título é votado pelo conjunto da Casa, este título tem de receber mais de 22 votos para ser aprovado; se não tivermos 22 votos favoráveis dos 33 votos dos Vereadores desta Casa, a pessoa não será homenageada, e olha que nós já tivemos tantas oportunidades aqui em que algum nome foi sugerido e que o conjunto da Casa não aceitou, disse não a nomes extremamente respeitáveis para a sociedade, mas que a Casa acreditava que, naquele momento, não merecia receber a homenagem.

Para o Jaime foi diferente, para ele houve a unanimidade. Para o Jaime todos desta Casa disseram “sim”, disseram que ele realmente precisava ser homenageado, que ele merecia esta distinção. Por isso eu fico contente em ter sido o autor deste Projeto. Eu fico feliz em poder hoje estar aqui, saudando-te na frente dos teus filhos, dos teus pais, dos teus amigos, e dizer que tu és um grande orgulho para a nossa sociedade. Tu és uma pessoa que nós, que somos teus amigos, respeitamos muito e queremos que tu tenhas total sucesso em teu empreendimento, porque o teu sucesso é o sucesso também de tantas pessoas que estão precisando que tu as ajude. O teu sucesso é o sucesso de muita gente que quer a sociedade mais justa, mais igual, mais solidária. O teu sucesso é o sucesso dos homens bons da sociedade e, por isso, esta homenagem que Porto Alegre te faz, não só os 33 Vereadores te fazem, mas toda a Porto Alegre, eu quero que você guarde no fundo do teu coração e que ela sirva de incentivo para que tu, cada vez mais, realizes em prol das pessoas que mais necessitam com esse espírito de solidariedade notável que tu possuis.

Parabéns a ti e que continues sendo este grande homem que Porto Alegre se orgulha. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra e falará em nome da Bancada do PDT.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quando eu prestei vestibular na Faculdade de Direito da UFRGS, na Av. João Pessoa, ainda se tinha o privilégio de fazer exame oral e sortear-se o ponto que iríamos abordar, algo que, no meu entendimento, piorou. Hoje, é possível até que, por meio da sorte, como aconteceu no Rio de Janeiro, um analfabeto consiga passar no vestibular. Eu sorteei, na prova de literatura, o Euclides da Cunha. E o professor me pediu: “fala sobre Os Sertões,” evidentemente. Então, comecei dizendo que “o fantástico romance de Euclides da Cunha tem três partes - aliás, magníficas, que honram as letras não só do Brasil, mas de todo mundo - que são a terra, o homem e a luta.”

Por que estou referindo isso? Porque, para se descobrir a verdadeira personalidade de um homem, e a psiquiatria nos auxilia neste campo, é necessário, como fez Euclides da Cunha, aprofundar o estudo da terra brasileira, da terra nordestina, árida, dura, ácida. O homem Euclides da Cunha chegou - no seu magnífico afã de correspondente dos grandes jornais brasileiros da época - a ter uma vida pessoal trágica, em relação a sua esposa, por questões profundas da vida pessoal. E a luta, que era de Antonio Conselheiro, que representou, na época, um perigo para a sociedade.

Então, Jaime, eu faria essa similaridade em relação ao homem homenageado e a sua luta pessoal e o empreendimento que ele sustenta. Diria que na inter-relação que se tem na convivência com os seus afetos, com os seus amigos, com os seus conhecidos, no seu dia-a-dia, isso forja quem realmente somos. E é aí que posso dizer, e digo com tranqüilidade, em nome da Bancada do PDT, segunda maior Bancada desta Casa, de seis Vereadores, inclusive o Presidente da Casa, e posso afirmar pelo relacionamento que podemos desenvolver e desdobrar que, em relação ao homem, trata-se de alguém probo, honesto e que o trabalho engrandece sua personalidade. Então é importante destacar-se isso, porque se pode ver, como vimos hoje na televisão um grande empresário que, possivelmente, tenha depositado milhões de dólares na Suíça ou nas Ilhas Cayman, mas que deixou uma empresa do tamanho do Mappin, que foi um orgulho do Brasil, escafeder-se e esfarelar-se. Uma funcionária de mais de 25 anos traduziu muito bem: os falidos somos nós. Ele, naturalmente, não é o falido, porque deixou em algum lugar o dinheiro arrecadado daquela grande empresa.

Ao contrário disso, então, aqueles que labutam no dia-a-dia, que transformam o seu trabalho no seu prazer, no seu dever e que fazem do trabalho a sua grandeza, esses não estão para apenas arrecadar para si, mas sim, para trabalhar, em função, evidentemente, da sua empresa, porque vivemos num regime capitalista. É bom que fique claro e também com a dignidade que requer a um trabalho com lealdade exercida.

Na questão da empresa, é necessário também se ver se a empresa é apenas mais uma que quer aboletar-se no âmbito da voracidade do regime capitalista para o engrandecimento dela, empresa, ou se ela também não com assistencialismo fácil, porque isso é cesta básica, é um assistencialismo dispensável. É necessário que se ensine a pescar e não que se dê o peixe. Nisso, também sou testemunha, em áreas importantes, como na área da cultura, fui testemunha, diversas vezes, em diversos locais desta Cidade, inclusive do patrocínio, o auxílio de prestígio das cultura, prestígios dos empreendimentos, inclusive de pintores, inclusive através de agendas, personalidades de pintores que jamais tiveram as suas telas projetadas nos grandes jornais brasileiros ou com os grandes marchands do País, ou seja, o prestígio do nosso Estado, da nossa gente, da nossa arte, da nossa cultura. Isso é importante.

Então, é necessário que se realcem essas questões, porque, senão, ficamos no rapapé de pequenas coisas e não levantamos os olhos para a grandeza dos atos que se avantajam, que se projetam na verdadeira dimensão de que não vivemos sozinhos e que não temos o direito de apenas pensarmos no nosso bolso ou apenas no nosso umbigo. Nós vivemos em sociedade, num País que vive uma das piores crises e que, se não cuidarmos, vai virar uma Argentina.

Então, quero encerrar, Jaime, dizendo que, quando a Câmara aprova esses títulos, há votação solene, há votação formal para que esse títulos sejam dados, não é uma outorga individual, é evidente que o Ver. Luiz Braz propôs, mas é evidente que há uma cumplicidade de todos os que votaram - e foi a maioria esmagadora - de quase todos os Vereadores, unanimemente. Então, há uma cumplicidade da Casa, não é um título que o Ver. Luiz Braz apenas teve a iniciativa. Não, a partir da votação da Casa, é um título da Casa que representa toda a cidade de Porto Alegre. Isso é importante. E nós temos tido o cuidado de, primeiro, não dar título como se distribuem frutas, não; cada Vereador tem direito a conceder apenas um título por ano. E segundo, que a responsabilidade dos Vereadores é grande, porque tem que haver a anuência do homenageado e tem que haver o currículo desse.

Então, é nesse teor que nós, com honra, aprovamos; e tu receberás, dentro em pouco, a outorga desse título.

E quero que tu continues buscando o teu ideal através dos caminhos e dos escaninhos que adotaste para segui-los, dizendo que, Alberto Pasquallini, que foi um dos grandes homens desta terra, um dos grandes talentos deste Estado, um dos grandes pensadores primeiros na década de 40 - portanto, há muito tempo que não se falava em exclusão social, não se falava tanto em que é necessário privilegiar o social como hoje se fala -, Alberto Pasquallini lançou um livro Bases e Diretrizes de uma Política Social. Ele dizia que a vida só tem sentido, só tem beleza, só tem ardor quando guiada por um ideal, um ideal de bondade, de justiça e de humanidade que nos faça compreender as contingências e as misérias terrenas e nos dê forças para superá-las, nos impulsionando sempre e cada vez mais em busca da perfeição, que só existe fora dos limites humanos, isto é, na vastidão, na glória e na infinita bondade de Deus.

Segue o teu ideal, Jaime Sirena, que tu estarás certo. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Adeli Sell está com a palavra pelo Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Também aprendi minhas primeiras letras em Santa Catarina e fico feliz, como já disse, em nome da minha Bancada, por poder homenageá-lo nesta noite. Vou, inclusive, utilizar-me dessa homenagem para tratar de um dos temas dos quais o senhor tem dado uma grande contribuição, e tenho participado de alguns debates nos últimos anos sobre a atividade do bingo, atividade dos jogos, do lazer, do entretenimento e da cultura em nossa Cidade. Vou me ater mais a esse aspecto, porque acho que mesmo num dia de homenagens, e muitas coisas já foram ditas sobre o senhor aqui, dou-me o direito e também me cobro o dever de dizer o quanto foi importante iniciar não só essa atividade econômica, dirigi-la, mas também de organizar a associação dos bingos aqui no nosso Estado e que ensejou alguns bons debates sobre a necessidade de colocar no nosso cotidiano essa questão e fazer com que isso não seja um elemento de um debate que alguns não gostam de fazer, porque, infelizmente, no nosso País, temos uma tradição dos jogos de lazer, que sempre parece uma coisa fora dos esquadros. Sabemos o quanto é importante na vida, no cotidiano de todos nós, o lazer e o entretenimento, inclusive para a saúde. Evidentemente, quando o jogo se torna um vício, como qualquer outra prática que se torna um vício como, por exemplo, o alcoolismo, nós temos de tratar. Eu hoje quero falar sobre isso, porque nós não temos tido a possibilidade, infelizmente - Ver. Luiz Braz, que nos dá a oportunidade de debater e de dar este título -, de fazer este debate. Este é um bom momento para dizer: que bom que o Ver. Luiz Braz tenha-se lembrado de colocar a toda esta Casa, a Casa do povo de Porto Alegre, esta homenagem, porque nós queremos mostrar para a Cidade o quanto é importante esse setor, que é um setor econômico, que é um setor de entretenimento, que é um setor que dá a possibilidade de muitas e muitas pessoas terem as suas horas de lazer e que, de forma muito corajosa, compram uma discussão inclusive sobre a legislação nacional para fazer inclusive a sobrevivência de muitos clubes esportivos, com base na utilização da própria legislação, uma parcela ir para essas instituições. Portanto, eu me sinto muito grato por poder vir aqui e dizer o quanto nós queríamos marcar esta data de hoje com a nossa palavra, a nossa solidariedade.

Como já disse o Ver. Nereu D’Avila há pouco: “Siga em frente!” Foi um prazer poder dizer parabéns, Jaime Sirena, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Fernando Záchia está com a palavra pelo PMDB e pelo PC do B.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em primeiro lugar, quero cumprimentar o Ver. Luiz Braz pela iniciativa de poder fazer com que esta Casa homenageie o Jaime Sirena, fazendo com que a cidade de Porto Alegre possa reconhecer, na história toda do Jaime, do seu irmão, do Dody, porque a experiência profissional, a atividade profissional, que aqui foi bem citada e lembrada pelos Vereadores que me antecederam, evidentemente que têm uma importância no aspecto econômico. Eu quero aqui ressaltar que a atividade profissional foi importante, mas o que ela propicia? O Ver. Adeli Sell referia que quando as entidades esportivas - e por muito tempo a SOGIPA, e agora a Federação Aquática - dependem dessa atividade, dependem dos resultados do bingo para que elas possam, cada vez mais, desenvolver as atividades esportivas na cidade de Porto Alegre, o quanto é importante que esses recursos oriundos dessa atividade, do bingo, possam ser injetados para que nós tenhamos uma futura geração mais saudável, uma futura geração que conviva numa atividade esportiva. Isso, sem dúvida alguma, tem o aspecto social; isso, sem dúvida alguma, tem o reflexo da atividade comercial desenvolvida pelo nosso homenageado que traz um benefício para a cidade de Porto Alegre. Talvez essa reflexão tenha de ser feita; talvez isso não seria a obrigação da iniciativa privada, talvez os custos, os ônus e o desenvolvimento da atividade esportiva teriam de ser do Poder Público federal, ou estadual ou municipal, mas não da iniciativa privada. A iniciativa privada, Ver. Isaac Ainhorn, toma o espaço, a obrigação, a função do Poder Público para poder desenvolver. Creio que isso é extremamente importante. Quando começamos a olhar essa meninada, essa geração nova cada vez mais incentivada para a prática do desporto, temos de pensar também na atividade profissional desenvolvida pelo homenageado, que traz o reflexo do bingo.

Eu queria também, de uma maneira rápida, fazer menção à importância que tem para a cidade de Porto Alegre, Jaime, receberes esse título. Mas, sem dúvida alguma, tu deves ter feito uma reflexão; deves ter feito hoje ou desde o momento em que o Ver. Luiz Braz aprovou, de maneira unânime nesta Casa, tudo o que tu fizeste na tua vida para que justificasse essa homenagem da Câmara Municipal, que justificasse o reconhecimento da cidade de Porto Alegre. E nessa reflexão, tu, sem dúvida alguma, passaste ao passado, começaste a lembrar de todas essas atividades dentro da cidade de Porto Alegre, desde lá de 1969; quando essas parcerias incentivando, ajudando, participando através de entidades de crianças carentes, de crianças com deficiência. Eu acho que isso justifica ao teu íntimo, não a nós, Vereadores, mas ao teu íntimo, por ter participado disso, por ter gerado tudo isso, alegria às crianças que não tinham essa sorte, de poder ter ajudado essas crianças. Isso, sem dúvida alguma justificaria e justificou o título, mas eu acho que justificou mais foi na tua reflexão; um cidadão colocar a cabeça no travesseiro e pensar “não foi à toa que Porto Alegre me deu esse reconhecimento, não foi de graça, eu fiz sem pensar nisso, eu fiz pensando nessas crianças, eu fiz pensando nesses que necessitavam.” Felizmente, através de uma iniciativa do Ver. Luiz Braz, a Câmara Municipal pode reconhecer isso. Fizeste pensando no próximo, fizeste pensando no ser humano que não tinha possibilidade, que não tinha recurso. Porto Alegre e a Câmara Municipal, de uma maneira muito orgulhosa, de uma maneira muito alegre reconhece isso. Estamos homenageando um cidadão que ajuda e ajudou muito a cidade de Porto Alegre. Parabéns! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra e falará pela Bancada do PHS.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Os seres humanos precisam ser solidários porque assim o ser humano consegue estar mais perto da felicidade. A solidariedade deve ser companheira dos homens que fazem a história de uma cidade, não importando que ramo de atividade ele integre nessa sociedade.

Conheço o homenageado através do bingo, sim, e o bingo não é aquilo que muitos imbecis dizem por aí, o bingo é uma prática saudável, é um lazer, é uma diversão, que na medida exata das coisas serve como entretenimento, e particularmente para mim, até para aumentar o meu número de amigos porque sou um caçador de novas amizades. Foi através do bingo que conheci o Jaime Sirena, o novo cidadão desta Cidade.

Conheci o meu amigo Jaime e o tenho como um de meus amigos de verdade, conquistados, aqui, no Rio Grande do Sul, não jogando bingo, mas pedindo a ele auxílio para entidades assistenciais, para creches, asilos, comunidades carentes e, principalmente, para a Associação Pão dos Pobres. Além, é claro, do auxílio que a sua empresa estende ao esporte, a cota já definida.

O Jaime nunca disse não a um pedido de auxílio a quem quer que seja, em nome do Mega Bingo.

E mais: Jaime Sirena, o homenageado nesta Casa com o Título de Cidadão de Porto Alegre, é um defensor incansável pela moralização dos bingos de nosso Estado e de nosso País, sendo o atual Presidente da Associação.

A solidariedade exercitada pelo Jaime Sirena vem de forma espontânea, entendendo que os bingos, neste País de tantas dificuldades, das classes menos favorecidas, é uma prática corriqueira dentro do seu conceito de homem solidário.

O ser humano, por natureza própria, precisa de solidariedade, e a solidariedade deve ser a alavanca principal dos homens na corrida pela igualdade entre todos os povos. E se o povo realmente nasceu para ser feliz - e nasceu, sim, para ser feliz -, essa felicidade só é possível se estendermos nossa mão ao próximo, no uso da solidariedade. E você, Jaime Sirena, novo cidadão porto-alegrense, é solidariedade.

A cultura está inserida, sim, no contexto do Jaime, no Mega Bingo, mas é importante, muito importante no que diz respeito às pessoas carentes.

Foi feliz o meu amigo, grande amigo, um deles, o “Neguinho Luiz Braz”, um dos mais atuantes e competentes Parlamentares desta Casa, ao pedir essa homenagem ao Dr. Jaime Sirena, porque através desse pedido posso dizer algumas coisas que nunca disse ao homenageado.

Acima da sua posição de empresário, o homenageado está para mim como um amigo que estou aqui cumprimentando por esta merecida homenagem. Palavras não conseguem expressar a minha gratidão por você, Jaime Sirena, por permitir que eu seja teu amigo. Do fundo do meu coração quero agradecer por tudo aquilo que você faz pela minha felicidade, porque a cada pedido de auxílio que faço para outras pessoas ou comunidades, recebo uma carga de energia muito forte de sua parte. Você tem um jeito especial para ajudar as pessoas sem que elas notem que você está ajudando. É tudo muito natural em seu espírito de homem solidário.

Dr. Jaime Sirena, em nome do Partido Humanista da Solidariedade receba essa minha saudação. Peço à minha Nossa Senhora Aparecida pela sua proteção e que continue sendo esse ser humano solidário e tão especial que és. Dody, irmão; Karen e Fernando, filhos; Lurdes e João, pais desta fantástica criatura, parabéns pelo pai, pelo filho e pelo irmão, que é, sem sombra de dúvida, uma das figuras mais humanas que conheço.

Parabéns, Dr. Jaime Antônio Sirena Pereira, novo Cidadão de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Convida o Ver. Luiz Braz, proponente desta homenagem, à proceder a entrega do Diploma, relativo ao Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao empresário Jaime Antônio Sirena Pereira, e o Dr. Cézar Alvares para entregar a Medalha correspondente ao Título.

 

(Procede-se à entrega do Título e da Medalha.) (Palmas.)

 

Convido os alunos da 7.ª série da Fundação Pão dos Pobres, Everton Abreu Corrêa e Denis Lucian Parllano da Silva para prestarem uma homenagem ao Sr. Jaime Antônio Sirena Pereira.

 

OS ALUNOS EVERTON A. CORRÊA E DENIS LUCIAN P. DA SILVA: (Lêem.) “Cidadão no coração. Sr. Jaime, somos trezentos meninos, crianças e adolescentes que vivemos em uma Casa que se chama Pão dos Pobres, nada podemos oferecer aos nossos benfeitores a não ser as nossas preces.

Mas hoje é um dia muito especial para nós, pois temos a oportunidade de agradecer ao senhor diante de tão nobres pessoas.

Sr. Jaime, obrigado pelos gostosos almoços, pelos Natais e Páscoas que o senhor nos proporciona. Obrigado pela renovação de todo o piso do nosso pátio; enfim, obrigado por tudo!

De uma coisa podemos estar certos, o seu título de Cidadão chegou tarde, pois nós, do Pão dos Pobres, já o elegemos, há muito tempo, o cidadão do coração de todos os meninos do Pão dos Pobres. Obrigado e felicidades.

Foi uma honra para nós estarmos hoje aqui agradecendo-lhe.

Agora, vamos entregar-lhes uma lembrança do Pão dos Pobres. (Palmas.)

 

(Procede-se à entrega da lembrança.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em virtude da necessidade de precisar me retirar para cumprir um outro compromisso, eu tenho a honra de convidar para presidir esta Sessão o Ver. Nereu D’Avila, Presidente desta Casa por duas gestões e que muito nos honra com sua presença.

 

(O Sr. Nereu D’Avila assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): A Sr.ª Bettina Viersiel, Diretora Técnica do Kinder – Sociedade Assistencial de Reabilitação e Escolarização, está com a palavra.

 

A SRA. BETTINA VIERSIEL: Ex.mo Sr. Presidente, Srs. Vereadores e caro Jaime, represento aqui o Conselho, a Diretora, a Presidência e, principalmente, todas as crianças e adolescentes da Kinder, do Centro de Reabilitação de Crianças Portadoras de Necessidades Especiais com Deficiências Múltiplas.

A Kinder tem muitos projetos de muito sucesso. Ela trabalha na reabilitação, escolarização e habilitação de jovens e crianças, principalmente de camadas carentes. Ela tem esse sucesso graças a senhores como o Sr. Jaime, que ajuda, que apóia, que é solidário e que está muito presente na Kinder. Esse sucesso é graças a vocês empresários solidários com a causa social.

Gostaria de agradecer também a Antônia Krob que trouxe o senhor junto a nós, junto a Kinder; obrigada Antônia por ter trazido uma pessoa tão valiosa, tão solidária com tanto carinho quanto o Sr. Jaime.

Sr. Jaime, fique com a gente; a Kinder lhe agradece demais. Eu quero entregar aqui um quadro que fizeram na oficina para o senhor, mandando todo o abraço e carinho através deste desenho. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

(Procede-se à entrega do quadro ao homenageado.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): O Sr. Jaime Antônio Sirena Pereira, homenageado, está com a palavra.

 

O SR. JAIME ANTÔNIO SIRENA PEREIRA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero dizer, inicialmente, que não me sinto merecedor de tamanha distinção. Aceitei, todavia, porque esta homenagem está vinculada ao trabalho que, apaixonada e orgulhosamente, exerço, que é a atividade de bingo. É através dessa atividade, que proporciona entretenimento e lazer a milhares de pessoas, que o esporte recebe expressivos recursos financeiros. Todos os bingos repassam 7% do faturamento para o fomento do desporto. Inúmeras entidades esportivas, atualmente, sobrevivem com tais recursos, aplicando-os diretamente no desenvolvimento técnico, tático e psicológico dos atletas gaúchos, aumentando a nossa participação em competições e melhorando significativamente nossa posição no quadro de medalhas.

Caso seja considerado como jogo, o bingo é daqueles mais democráticos, pois, nas inúmeras partidas realizadas em todas as casas de bingo, há sempre, no mínimo, dois ganhadores, aqueles que realizam a linha e os que realizam o bingo, tornando, assim, o ambiente lúdico, uma vez que é alegre e divertido, e todos recebendo seus prêmios imediatamente e em dinheiro.

As empresas de bingo, por outro lado, não renunciam ao seu compromisso social, envolvendo-se com a comunidade através da ajuda assistencial. No Mega Bingo, por exemplo, temos participado de inúmeras obras sociais, destinando a arrecadação de partidas especiais, que denominamos Rodadas da Esperança, à inúmeras entidades assistenciais, dentre as quais estas que já se manifestaram aqui, o Pão dos Pobres, a Kinder, o Hospital da Criança Santo Antônio, o Lar Santo Antônio, tão bem conduzido pela Dona Elida, que há pouco nos deixou, mas a sua obra continua com a Dona Maria Bernadete, a Escola do Sol, o Centro Vita, a Spaan, enfim, uma série de entidades com as quais temos este envolvimento. Aliás, cito de passagem, que em 98 recebemos desta Casa o Troféu Solidariedade, que muito nos honrou.

A AGEBI, Associação Gaúcha de Entidades Esportivas e Administradoras de Bingo, a qual presido, tem exercido uma função fundamental na construção e desenvolvimento desta atividade tão recente no Brasil, e que não raras vezes tem sido alvo de discursos míopes, retrógrados e recheados de hipocrisia. O bingo teve o seu funcionamento autorizado em 1993 e nesses quase nove anos de atividade, tenho certeza, produzimos uma atividade empresarial digna e de grande retorno para a sociedade. Hoje, graças ao trabalho de nossa AGEBI, todos os bingos que operam em nosso Estado são autorizados pela Caixa Econômica Federal, que é o órgão fiscalizador, proporcionando segurança a todos aqueles que gostam e freqüentam as casas de bingo.

Os bingos, notadamente, são responsáveis por mais de três mil empregos diretos no nosso Estado, além da geração de uma série de empregos indiretos, movimentando empresas prestadoras de serviços, tanto nas áreas de limpeza e segurança, móveis e construção civil, quanto no setor de informática, bem como em empresas de marketing e propaganda.

Assim, reconheço a procedência deste prêmio e dedico-o, juntamente com este momento sublime, aos funcionários, diretoria e sócios desta grande família que é o Mega Bingo; à Diretoria da AGEBI, cuja dedicação e competência tem sido basilar e exemplar, e com pessoas muito especiais, fonte de minha inspiração e motivação, que são os meus filhos Karen e Fernando, meus pais, Sr. João e Sr.ª Lourdes, meu irmão Dody e minha cunhada Fernanda. Por último, quero agradecer ao Ver. Luiz Braz e seu gabinete, à Toninha Krob, e a todos vocês, amigas e amigos, que vieram até aqui emprestar um pouco de carinho e brilho para esta solenidade.

Um momento como este até pode nos tornar ilustres, mas é só com o trabalho do dia-a-dia que nos transformamos em pessoas úteis. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Avila): Convidamos a todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense.

 

(Executa-se o Hino Rio-Grandense.)

 

Ao darmos por encerrada esta Sessão, agradecemos as autoridades presentes, aos familiares do homenageado, aos Vereadores que usaram da palavra, aos amigos, às entidades que se manifestaram e, principalmente, a honra que tivemos, Sr. Jaime, de sermos porta-vozes de toda Câmara Municipal, dos 33 componentes, na outorga deste título, com muita justiça, concedido a sua pessoa.

Informamos que o homenageado estará recepcionando os seus convidados no “T Cultural Teresa Franco” com um coquetel. A todos uma boa-noite e muito obrigado.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 20h18min.)

 

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